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Actividade 5 - “Organizações qualificantes ou a qualificação do exercício do trabalho”


Esta actividade pautou-se pelo tema da formação como qualificação do exercício do trabalho, e teve como nome «Organizações qualificantes ou a qualificação do exercício do trabalho».

Anteriormente foram dados a cada grupo quatro texto de autores diversos que deveriam ser lidos à luz do tema, tendo como fio condutor o planeamento da actividade, para que seguidamente se desse a discussão em grande grupo. Cada texto tinha o seu propósito, para que no final se chegasse à conclusão de quais as noções de formação e aprendizagem no trabalho e também a noção de organização qualificante presentes.

O objectivo do texto 1 foi saber em que medida e de que modos podemos diferenciar uma formação no trabalho deslocalizada do espaço do exercício do trabalho de uma formação no trabalho fortemente articulada com os espaços do seu exercício.A resposta prende-se no sentido de quando se encontra a evolução do sistema se deparar com novos requisitos exigidos aos trabalhadores a nível de qualificações profissionais, através de uma modernização e de um alargamento dos conteúdos profissionais, o que leva a um maior desenvolvimento das possibilidades de aprendizagem no processo de trabalho. Esta aprendizagem tem como pressuposto uma auto composição do seu processo.

No texto 2 põe-se a questão: Será possível conceder uma aprendizagem no trabalho?A aprendizagem no local de trabalho não é uma aprendizagem desprovida de estrutura, porque não só se adquire num ambiente pedagógico, como também em situações reais de trabalho. Assim, classifica-se a aprendizagem no local de trabalho como um processo de aprendizagem através da execução de acções e actividades laborais e resolução de problemas que ocorrem no local de trabalho. Formação no local de trabalho pode distinguir-se através dos objectivos e programas de formação reformulados pela participação activa do formador, e até pela utilização de materiais didácticos. 

No texto 3 o autor discute sobre as causas que levaram a organização qualificante a estar na ordem do dia, ou seja, a importância atribuída à cooperação no trabalho, os problemas suscitados pelas tendências que levam à exclusão de uma parte da população assalariada e dos jovens e por último a instabilidade das escolhas organizativas. Assim, começa por definir organização qualificante como uma «Organização que favorece, por construção, as aprendizagens de índole profissional, isto é, uma organização que permite aprender. Esta definição é, contudo, manifestamente insuficiente para definir aquilo que se encontra actualmente em jogo» (ZARIFIAN, P, 1995:5), e favorece a aquisição de competências no seio da organização e sobre a organização. Relativamente à aquisição de competências sobre a organização esta acaba por constituir uma verdadeira cultura organizativa. No seio da organização, a aquisição de competências deve permitir as aprendizagens a ela relativas.

Para finalizar, no texto 4, pretende-se explicitar aquilo em que uma organização qualificante se distingue de outros modelos de organização, através da noção de competência, e se é possível conceber a qualificação do trabalho num sistema rígido de delimitação de saberes. Aqui é contestada a ideia de que a autonomia no trabalho é necessária ao desenvolvimento de uma coordenação mais eficaz no seio de organizações complexas. Contesta também a ideia de que a autonomia no trabalho é neceária para que a organização possua um carácter formador, mesmo existindo aprendizagens que são obrigatórias e eficazes.

“Organizações qualificantes ou a qualificação do exercício do trabalho”
Polónia

Na actividade 5 foi pedido ao grupo a leitura de quatro textos. Estes textos foram a base da aula seguinte e, consequentemente, do debate em grande grupo. Como já foi referido anteriormente, os textos tinham diferentes objectivos, pois tanto falavam das noções relativas à formação e aprendizagem no trabalho como também da noção de organização.


Os quatro diferentes textos enriqueceram o nosso trabalho e a discussão. Foram também óptimas ferramentas de desenvolvimento nesta disciplina, pois contribuiu de forma positiva para a minha formação.


Relativamente à percepção da Polónia relativamente às questões tratadas nos textos, o que me advém dizer é que é semelhante à de Portugal.