Actividade 4 - «Da Formação no Trabalho … à Formação para o Trabalho»


A actividade 4 teve como tema principal «Da formação no trabalho… à formação para o trabalho», onde o objectivo central foi a recolha de testemunhos referentes à relação entre formação e trabalho, realizado por nós, discentes, num trabalho anterior à aula, para que posteriormente na aula pudéssemos discutir a apresentação dos resultados da pesquisa, em grande grupo, articulando os vários contributos dos testemunhos recolhidos.

Nos vários testemunhos recolhidos, podemos encontrar diferentes concepções, no que concerne ao tema da «formação no trabalho». Assim, e fazendo uma visão horizontal sobre as várias compreensões, dizendo respeito às mais variadas profissões, desde Gestor de Clientes a Mecânico, de Professora do Ensino Politécnico a Escriturária, podemos dar conta que a formação no trabalho é mais importante, na visão das testemunhas, porque além de permitir lidar com situações mais do contexto e da situação do trabalho, possibilita o aperfeiçoamento do trabalho prático, visto se focar aquilo que se trabalha mais especificamente. Nos tempos que vivemos temos de estar preparados para executar qualquer tipo de trabalho, onde se pode correr o risco de a formação de base não dar competências para o trabalho. Isto leva a que a formação no trabalho se valorize, no sentido de se poder definir um trabalho pela competência nas necessidades de trabalhos, e principalmente na actualização dos conhecimentos e técnicas relativamente à evolução do mercado financeiro e de trabalho.

Na “outra face da medalha” encontra-se a «formação para o trabalho», onde os sujeitos das entrevistas passam desde Engenheiro a Psicólogo, de Cabeleireira a Directora Financeira, têm uma visão um pouco diferente das visões anteriores mas podendo encontrar algumas conexões coma primeira concepção. Assim, têm como ideia a articulação entre a formação no trabalho e a formação académica, mesmo sendo esta formação no trabalho uma formação secundária, somente de apoio à formação académica. Toda a formação a posteriori da formação académica é como um suplemento para a teoria que se assimilou anteriormente. A formação de base, ou seja, a formação académica pauta-se por uma importância extrema, no que toca aos fundamentos teóricos e também práticos, realizada por instituições com competências provadas e credíveis, visto dar uma larga gama de conceitos que são cruciais para o desenvolvimento do trabalho, mesmo sendo de transmissão de conhecimentos.

Em síntese, a teoria tem um préstimo no desempenho da prática, mas o aperfeiçoamento desta prática aparece através das várias laborações que existem.

«Da Formação no Trabalho … à Formação para o Trabalho» 
Polónia


Na quarta actividade, foi pedido ao grupo a realização de duas entrevistas, estas depois serviram para trabalhar as duas questões: da formação no trabalho e da formação para o trabalho.

De seguida vou apresentar a minha reflexão pessoal em relação às duas questões. Na primeira questão, ou seja, da formação no trabalho, estamos, a meu entender, a falar da situação em nos formamos e/ou aprendemos a trabalhar sem precisar de ter formação prévia. Tudo aquilo que precisamos de saber é aprendido através da experiência que ganhamos durante o nosso trabalho.

Quando falamos na formação para o trabalho, estamos a falar de duas etapas diferentes da vida de uma pessoa. A primeira etapa é antes de trabalhar, ou seja, é a etapa da vida estudantil e académica que serve para ganhar formação. A segunda etapa é quando começamos a trabalhar e a utilizar as informações adquiridas no processo de estudo.
 
Como já foi referido anteriormente, no nosso dia-a-dia encontramos vários exemplos de formação e de aprendizagem. As diferentes actividades profissionais valorizam as diversas possibilidades de formação e das competências. A experiência que cada um tem, muitas vezes, é que define a sua profissão e a sua maneira de formação. 

 Anexos – Entrevistas realizadas

Anexo 1 – «Da Formação no Trabalho…»I

dade: 30 anos
Sexo: Feminino
 
Profissão: Escriturária
Ano de escolaridade: 12º Ano.

A situação do(a) profissional face à sua formação de base

Pergunta: Qual a sua situação profissional? Ela corresponde à sua formação de base? (Caso tenha)
Resposta: Escriturária. Não.

Tempos e lugares de formação e aprendizagem

Pergunta: Quando e aonde é que desenvolveu a sua formação e a sua aprendizagem?
Resposta: Formação: 2004/2005 – sobre organização de documentos e funções dentro da contabilidade; foi realizada na empresa Jaime Ribeiro & Filhos cia (empresa de construção civil e obras públicas).Aprendizagem: Primária – escola primária das Medas; Ensino Básico – preparatória de Valadares; Ensino Secundário – Colégio de Gaia; um ano de Gestão e Marketing no IPAM no ano de 99/00. 

Percepções do(a) profissional face à formação e aprendizagem

Pergunta: Qual a visão que tem acerca da formação e da aprendizagem? 
Resposta: A formação é importante para aperfeiçoamento do trabalho e para obter cada vez mais conhecimentos acerca da área a que se define. A aprendizagem enriquece os nossos conhecimentos nessa mesma área.

Conteúdos dominantes do exercício do trabalho

Pergunta: Quais os conceitos/conteúdos/áreas que predominam na sua actividade profissional?
Resposta: Secretariado no âmbito do conteúdo religioso.

Articulação entre a formação e o trabalho

Pergunta: Qual a ligação que faz entre a formação que teve com as actividades profissionais por si exercidas? Acha que a formação que teve foi importante para desempenhar a sua profissão anterior ou actual de forma mais competente? 
Resposta: A ligação entre a formação e a actividade profissional enriquece o nosso conhecimento a nível de executar sempre melhor as funções dentro dessa área em causa. Sim. 

Pergunta: Para concluir, acha mais importante uma formação no trabalho ou uma formação para o trabalho (tendo em conta a sua situação)? Explique porquê?
Resposta: mais importante na minha opinião é uma formação no trabalho, porque estamos a focar exactamente aquilo em que trabalhamos, a área em que estamos. Já a formação para o trabalho não deixa também de ser importante, que o é sem dúvida, mas por vezes poderemos não executar ou exercer essas funções para que nos preparamos. 

Anexo 2 – «…à Formação para o Trabalho»

Idade: 23 anos
Sexo:
Masculino
Profissão:
Psicólogo
Ano de escolaridade:
Mestrado em Comportamento desviante e da justiça

A situação do(a) profissional face à sua formação de base

Pergunta: Qual a sua situação profissional? Ela corresponde à sua formação de base? (Caso tenha)
Resposta:
Desempregado

Tempos e lugares de formação e aprendizagem

Pergunta:
Quando e aonde é que desenvolveu a sua formação e a sua aprendizagem?
Resposta:
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação de 2004 a 2009

Percepções do(a) profissional face à formação e aprendizagem

Pergunta:
Qual a visão que tem acerca da formação e da aprendizagem?
Resposta:
Péssima, professores mal qualificados, formação muito teórica e falta de apoio aos estudantes.

Conteúdos dominantes do exercício do trabalho

Pergunta: Quais os conceitos/conteúdos/áreas que predominam na sua actividade profissional?
Resposta:
Psicologia do comportamento desviante, Intervenção em vitimas;

Articulação entre a formação e o trabalho

Pergunta: Qual a ligação que faz entre a formação que teve com as actividades profissionais por si exercidas? Acha que a formação que teve foi importante para desempenhar a sua profissão anterior ou actual de forma mais competente?
Resposta:
Alguma ligação teórica, mais teórica que prática, que apesar de péssima foi importante, mas não fundamental;

Pergunta:
Para concluir, acha mais importante uma formação no trabalho ou uma formação para o trabalho (tendo em conta a sua situação)? Explique porquê?
Resposta:
Formação no trabalho, porque é melhor para desenvolver capacidades técnicas e práticas e para se ambientar aos contextos de trabalho.